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Maio Vermelho: Conscientização e Prevenção das Hepatites Virais

  • Foto do escritor: Daniel Ortunho
    Daniel Ortunho
  • 24 de mai.
  • 3 min de leitura

Maio é internacionalmente reconhecido como o "Maio Vermelho", um período dedicado à conscientização sobre as hepatites virais. Essas inflamações no fígado podem ser silenciosas, mas têm o potencial de causar danos significativos à saúde. A campanha enfatiza a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado dessas doenças.



laço vermelho representando o maio vermelho

O que são as hepatites virais?

As hepatites virais são infecções que causam inflamação no fígado, podendo ser provocadas por diferentes tipos de vírus: A, B, C, D e E. No Brasil, os tipos mais comuns são as hepatites A, B e C. Cada uma possui formas específicas de transmissão e requer cuidados particulares.


Formas de transmissão e prevenção

Hepatite A: Transmitida principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o vírus. A prevenção inclui medidas de higiene, como lavar as mãos regularmente, e a vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).


Hepatite B: Sua transmissão ocorre por contato com sangue e fluidos corporais contaminados, podendo acontecer durante relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas ou de objetos cortantes. A vacinação é a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente no SUS. Além disso, o uso de preservativos e o não compartilhamento de objetos pessoais são medidas eficazes.


Hepatite C: Transmitida principalmente pelo contato com sangue contaminado, como no compartilhamento de seringas ou em transfusões de sangue não seguras. Não há vacina disponível para a hepatite C, tornando essencial evitar comportamentos de risco e realizar testes regularmente para detecção precoce.


Sintomas e importância do diagnóstico precoce

As hepatites virais frequentemente são assintomáticas em suas fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quando presentes, os sintomas podem incluir:

·         Icterícia (pele e olhos amarelados)

·         Urina escura e fezes claras

·         Fadiga extrema

·         Náuseas

·         Dor abdominal

Devido à natureza silenciosa dessas doenças, é fundamental realizar exames de rotina, especialmente para as hepatites B e C, que podem evoluir para formas crônicas e levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. O SUS oferece testes gratuitos para detecção das hepatites virais.


Dados epidemiológicos no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2022, foram registrados 750.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Desses, 169.094 (22,5%) foram de hepatite A, 276.646 (36,9%) de hepatite B e 298.738 (39,8%) de hepatite C. Esses números ressaltam a importância de campanhas como o Maio Vermelho para informar e conscientizar a população sobre os riscos e formas de prevenção dessas doenças.


Tratamento e cuidados

Hepatite A: Geralmente, não requer tratamento específico, e a maioria dos infectados se recupera completamente sem complicações.

Hepatite B: Pode se tornar crônica, necessitando de acompanhamento médico e, em alguns casos, medicação antiviral para evitar danos maiores ao fígado.

Hepatite C: Atualmente, existem tratamentos eficazes que podem levar à cura em cerca de 95% dos casos, especialmente quando a doença é detectada precocemente.


Importância da vacinação

A vacinação é uma ferramenta crucial na prevenção das hepatites. No Brasil, o SUS oferece gratuitamente as vacinas contra as hepatites A e B. A imunização é recomendada para crianças a partir de 12 meses e para adultos que não foram vacinados na infância. Infelizmente, ainda não há vacinas disponíveis para as hepatites C, D e E, o que torna as medidas de prevenção e o diagnóstico precoce ainda mais importantes.

 

O Maio Vermelho serve como um lembrete da importância de se manter informado sobre as hepatites virais e adotar medidas preventivas. A conscientização, aliada à vacinação e à realização de exames regulares, é fundamental para reduzir a incidência dessas doenças e promover uma sociedade mais saudável.


Fontes:

Ministério da Saúde (gov.br)

Organização Mundial da Saúde (who.int)

BBC News Brasil (bbc.com)

 
 
 
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