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Câncer de Próstata: Prevenção, Diagnóstico e Tratamento

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Representa um grande desafio à saúde pública devido à sua alta incidência e à falta de sintomas claros em estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Câncer de Próstata: Prevenção, Diagnóstico e Tratamento

O que é a Próstata?

A próstata é uma glândula exclusiva do sistema reprodutor masculino, situada abaixo da bexiga e em frente ao reto. Tem o tamanho aproximado de uma maçã pequena e envolve a parte inicial da uretra, canal pelo qual a urina é eliminada. Essa glândula é responsável pela produção de uma parte do sêmen, o líquido que contém os espermatozoides liberado durante o ato sexual.

 

Estatísticas e Fatores de Risco

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2022 foram estimados 71.730 novos casos de câncer de próstata no Brasil, com um número de mortes que chegou a 16.301 em 2021. O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, uma vez que cerca de 75% dos casos ocorrem em homens acima dos 65 anos.

Os principais fatores de risco incluem:

Idade: A partir dos 60 anos, as chances de desenvolver câncer de próstata aumentam consideravelmente.

Histórico Familiar: Homens com pai ou irmão que desenvolveram câncer de próstata antes dos 60 anos têm um risco maior.

Obesidade e Excesso de Gordura Corporal: A obesidade está associada a um risco aumentado de câncer de próstata avançado.

Fumo e Exposições Químicas: Substâncias como aminas aromáticas, arsênio e derivados de petróleo estão associadas a um aumento do risco.

 

Sintomas e Diagnóstico Precoce

Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata é silencioso, geralmente não apresentando sintomas. Quando ocorrem, os sintomas são similares aos do crescimento benigno da próstata, como dificuldade para urinar, necessidade de urinar com mais frequência, especialmente à noite, e diminuição no jato de urina. Em estágios mais avançados, pode provocar dor óssea, sintomas urinários graves, infecção generalizada e insuficiência renal.

O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Os exames mais comuns para detectar o câncer de próstata são o toque retal e a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) no sangue. No entanto, o INCA não recomenda o rastreamento regular para homens assintomáticos, considerando os potenciais riscos e benefícios do exame.

Para um diagnóstico mais detalhado, exames como a biópsia prostática, ressonância magnética e ultrassonografia podem ser realizados quando houver suspeita após a dosagem de PSA e o toque retal.

 

Tratamento

O tratamento do câncer de próstata depende do estágio em que a doença é diagnosticada:

Doença Localizada: Quando o câncer ainda não se espalhou, a cirurgia e a radioterapia são os tratamentos mais indicados, podendo, em alguns casos, ser realizada apenas uma observação vigilante.

Doença Localmente Avançada: Radioterapia combinada com terapia hormonal ou cirurgia são os tratamentos mais comuns.

Doença Metastática: Quando o câncer se espalha para outras partes do corpo, o tratamento indicado é a terapia hormonal, que tem como objetivo reduzir o crescimento do tumor.

A escolha do tratamento deve ser individualizada e discutida entre o paciente e o médico, considerando os benefícios e riscos de cada opção.

 

Acompanhamento Após o Tratamento

Após o tratamento, seja cirurgia ou radioterapia, o acompanhamento é feito por meio do exame de PSA a cada 3 ou 6 meses. Este exame é fundamental para monitorar o sucesso do tratamento e identificar possíveis recidivas.

 

A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores armas na luta contra o câncer de próstata. Estar atento aos fatores de risco e realizar exames regulares a partir dos 50 anos (ou dos 45 para aqueles em grupos de risco) pode fazer a diferença na detecção e tratamento da doença. O diálogo aberto sobre a saúde masculina é essencial, pois quanto antes o câncer for identificado, maiores são as chances de cura e menores são os riscos de complicações.

 

Fonte: Instituto Nacional de Câncer – INCA

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