
Estamos no mês de fevereiro e com ele se inicia a campanha de conscientização sobre a leucemia. Esta campanha é conhecida como Fevereiro Laranja, e tem o intuito levar mais informações sobre esta doença para a população. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Atualmente, é o 9º tipo de câncer mais comum entre homens e o 11º entre as mulheres, no Brasil. É também o tipo mais frequente em crianças e adolescentes, afirma o Blog Viva Bem, da UOL.
Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas, afirma o INCA. Segundo a ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) A leucemia pode ser classificada como “aguda” ou “crônica” de acordo com a velocidade de crescimento das células doentes assim como de sua funcionalidade. A leucemia aguda progride rapidamente e produz células que não estão maduras e não conseguem realizar as funções normais. A leucemia crônica, entretanto, normalmente progride lentamente e os pacientes têm um número maior de células maduras. No geral, essas poucas células maduras conseguem realizar algumas das funções normais. A leucemia também é classificada a partir do tipo de célula do sangue que está doente. As células doentes da leucemia são os glóbulos brancos produzidos na medula óssea. Um tipo de glóbulo branco doente é chamado de “mieloide” e o outro tipo de “linfoide”. O nome dos quatro tipos de leucemias descreve quão rápido (aguda) ou devagar (crônica) a doença progride e identifica o tipo de glóbulo branco que está envolvido (mieloide ou linfoide).
Conheçam agora os quatro tipos de leucemia, listados pelo INCA:
Leucemia linfoide crônica: afeta as células linfoides e se desenvolve de forma lenta. A maioria das pessoas diagnosticadas com este tipo de doença tem mais de 55 anos. Raramente afeta crianças;
Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se desenvolve vagarosamente, a princípio. Acomete principalmente adultos;
Leucemia linfoide aguda: afeta células linfoides e agrava de maneira rápida. É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos;
Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides e avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência é maior com o aumento da idade.
Segundo o Blog Viver bem, além de favorecer infecções, o excesso de leucócitos doentes também compromete a produção dos glóbulos vermelhos, o que pode resultar em anemia, e de plaquetas, resultando em hematomas ou sangramentos. Assim, os sintomas mais comuns da leucemia são:
Febres de causa não explicada;
Infecções;
Anemia (palidez, cansaço, fraqueza ou tontura);
Sangramentos (por ex: no nariz ou nas gengivas);
Manchas roxas ou pontos vermelhos na pele;
Dor óssea;
Aumento dos gânglios linfáticos, baço e fígado;
Se a doença afetar o Sistema Nervoso Central, podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.
Se uma pessoa suspeita possuir a doença, o paciente deverá realizar exames de sangue e procurar um hematologista. Segundo o INCA, o principal exame de sangue para confirmação da suspeita de leucemia é o hemograma. Outras análises laboratoriais devem ser realizadas, como exames de bioquímica e de coagulação. Já a confirmação diagnóstica é feita com o exame de medula óssea (mielograma), e algumas vezes pode ser necessária a realização da biópsia da medula óssea.
Se a doença for detectada, inicia-se o tratamento que, segundo o Blog Viver Bem, tem como objetivo destruir as células doentes para que a medula óssea volte a produzir células normais, ao mesmo tempo em que as complicações da doença são controladas. Os tratamentos para leucemia são:
Quimioterapia: costuma ser a principal forma de tratamento. A administração é realizada em ciclos;
Medicamentos de suporte: para minimizar o surgimento de infecções e os efeitos colaterais da quimioterapia é comum a prescrição de antivirais, antibióticos, antifúngicos e anti-inflamatórios;
Radioterapia: pode ser empregado para tratar linfonodos ou baço aumentados, ou complicações como dores ósseas;
Terapia-alvo: medicamentos que atacam apenas as células doentes;
Transfusão de sangue: pode ser necessária para controlar o baixo número de plaquetas e hemorragias;
Imunoterapia: medicamentos que permitem que o sistema imunológico reconheça as células doentes e as ataquem;
Leucoferese: pode ser indicado em alguns casos de na leucemia linfoide crônica para remover o excesso de leucócitos;
Transplante de medula óssea: indicado para alguns casos de leucemias agudas, após a quimioterapia.
É importante ressaltar que, segundo o INCA, a detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. Então, se você ou alguém que você conheça possui sintomas parecidos com os expostos aqui, procure um médico. Descobrir o câncer na fase inicial é um passo importante para poder iniciar o tratamento e ter mais chances de cura.
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